Não tenho medo dos ares áridos
ressequidos, desaguados
ressequidos, desaguados
do chão que racha
temo as palavras secas
fios cortantes
evaporam um mar inteiro
mesmo que se finjam suaves
ressecaram todas as minhas águas
da pele
dos olhos
da boca
de mais dentro
todos os meus fluidos se foram
quero as palavras úmidas
fluidos novos
fluidez
nadar no rumo da maré
remar com o vento
caminhos abertos
*
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