terça-feira, 6 de dezembro de 2022
Passagem
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
Refrão
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Juazeiro
quinta-feira, 18 de agosto de 2022
Canção pra acordar a Terra
domingo, 7 de agosto de 2022
Encontros
No sol do olhar de cada um cabem os contornos que o tempo esculpe ao redor.
A gente olha e vê ali no entorno as várias camadas daquele ser, passados e presentes mais antigos e mais próximos, mudanças sutis e mudanças radicais de cabelo, corpo, estilo, roupa e jeitos de ser que variaram, mas que estiveram sempre ancorados naquela medida de sol que é o meio.
Que é o dentro. Que é o centro.
Os amigos da infância, da adolescência, de um tempo em que a gente mesmo era outro, se transformam, desabrocham e murcham, frutificam e voltam a reflorir, e poder enxergar em perspectiva e se deixar ver dentro, nesses vários eus que nos tornamos é o presente mais sutil da vida.
É um presente estar presente e ter estado presente.
As lentes da memória aglutinam as essências e surge um amor desmedido e desapegado a esses outros seres mutáveis que acompanhamos e que nos acompanham.
Testemunhas oculares de todas as coisas que fomos e que tivemos, e que já não somos agora.
Testemunhas de seres inteiros que ao mesmo tempo se desintegraram e se refizeram no tempo.
Expansão e contração.
E é bonito saber que há sempre gente que permanece ali, atravessando junto a vida desde a mais antiga versão que fui.
*
sexta-feira, 8 de julho de 2022
Eremita
conchas
segunda-feira, 4 de julho de 2022
Não
que a luz da vitrine
Deixe que eu te ensine, queridavocê não sabe gozarquando você pede calmaé que quer o contráriose disser que nãoeu transformo em simeu é que seiSei toda a estruturado seu pensamentote esquadrinhoadivinhe sóantes mesmoque você penseeu já seiLeia este livroele te ensinará teu lugareu seique você disse que nãomas eu seique queria dizer simTudo que você dissereu já seio que você for citareu já liaté mesmo a sua intuiçãoé construção social,veja bemNa verdadesó eu seidos seus desejosdeixe queeute guienessa estradaconfusa que é vocêVocê está tão confusa, queridaveja:se eurasgar a sua roupafoi vocêquem quisVenhaé a ssimque to das gos tameu vi nos filmes pornôsquero ver seu rostofazendo a mesma caraaliásseu rosto é o que menos preciso verOlhar no olho para quêconexão não é o quenenhuma delas parecia precisarDessa vitrine você parece tão belacontinue assimestáticapra eute ver melhorEvite respirarnão me contradigaassim não posso aguentar(sou frágil)a culpaserásempresua
sábado, 28 de maio de 2022
Canoa
domingo, 22 de maio de 2022
Origem
recuas o céu e arrastas
Teu espírito
nos carcarás
nos gaviões carijós
e nas galinhas
Canta nas águas
que escorrem da chuva
quarta-feira, 18 de maio de 2022
Mordida
domingo, 8 de maio de 2022
Rosa
sábado, 23 de abril de 2022
Raio
Se for nuvem o trovão
A origem e o cessar
Ciclo da imaginação
sexta-feira, 25 de março de 2022
Espirais
sábado, 12 de março de 2022
Viagem
sexta-feira, 4 de março de 2022
Mapa
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Casa
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
Corpo de luz
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Vaga-lumes
segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
Réstias
Furtadas da sorte de se abrir
sábado, 22 de janeiro de 2022
Mant(r)a
linhas pardas e fios de prata
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
Serranos
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
Fluxo
As luas, quando se fazem
minguantes, de dormir