Esse tal destino
que voga-me sentenças ideais
mas que logo as retira,
me condenando a suplícios mortais
Este volúvel destino
que dedica-se a fazer-me feliz
mas que tão logo o consegue
bota-se a tirar de minha vida a diretriz
Falo desse amargo destino
que nos faz desejar o irreal
mas que só nos concede
o que é desigual...
Quem sabe o culpado é o destino
Há quem culpe o descalço menino
e eu não passo de pó
num universo humano já tão desumano:
capital.