terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Destino.?

Esse tal destino 
que voga-me sentenças ideais
mas que logo as retira, 
me condenando a suplícios mortais

Este volúvel destino 
que dedica-se a fazer-me feliz
mas que tão logo o consegue
bota-se a tirar de minha vida a diretriz

Falo desse amargo destino 
que nos faz desejar o irreal
mas que só nos concede 
o que é desigual...

Quem sabe o culpado é o destino
Há quem culpe o descalço menino
e eu não passo de pó
num universo humano já tão desumano: 
capital.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Num lugar qualquer...

Ainda não conseguia entender como aconteceu. Há pouco odiavam-se. Talvez a lua cheia daquela noite os tivesse enfeitiçado. Sem querer afastaram-se da turma e ele, num impulso desconhecido, beijou-a. Desculpou-se, afirmou que simplesmente não resistira. Tudo bem, se prometesse não fazer novamente. "Avisa antes, tá?". E se agarraram. Não passaram de beijos  e por isso mesmo não entendia como tinha sido tão intenso. Fatal. Quase irreal. Mas acontecera, lembrara de beliscar-se. Mas ainda não entendia. Estaria apaixonado? Não, há pouco odiavam-se. Preferia acreditar que a lua cheia daquela noite os tivesse enfeitiçado.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Gotas de Chuva

Gotas de chuva atravessam o teto,
tocam e arrepiam a pele gelada...
Gotas de chuva de um inverno nascente
que vêm abrandar o torpor de uma alma carente.
Buracos no teto, crateras na alma,
até o sol se nega a aparecer...
Vento gelado, atmosfera sombria,
 lágrimas aquecem alguma face fria.
Árvores bailam,dançam, valsam ao vento...
simplesmente deixam-se estar, felizes, sob o espesso orvalho...
Mares de chuva lavam os prédios, invadem janelas, portas, frestas, almas...

Simples retrato de um dia comum.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Bipolar

Unir-me a mim só em poesia, 
pois minha alma tem faces em demasia...


As leis físicas não dominam o meu ser, 
se ao mesmo tempo e lugar, 
posso morto estar, e ainda viver.


Sou carente-independente, 
sincero e obscuro...
Livre, mas encarcerado em meus próprios muros.


Voto contra, a favor, 
estou lúcido, 
mas entorpecido pela constante transformação de minha alegria em dor.


Viver assim, tão duplamente, 
faz-me muito desgastar, 
mas que fazer se é o destino que assim parece querer me fazer estar?

O meu pé de Laranja Lima

Criei esse blog pra tirar uns escritos da gaveta, não deixar que mofassem, reclusos. E pra continuar escrevendo, que é uma parte da minha felicidade. Não digo que os textos são bons, mas são meus. E tenho orgulho deles de qualquer jeito. 
O nome do blog, como tem na página inicial, é em homenagem a um dos melhores livros que li, escrito pelo José Mauro de Vasconcelos. Até a data que escrevo este post, já li o livro umas quatro vezes, e não canso nunca. Vale a pena ler. 
As capas de livro que estão na barra lateral do blog são alguns dos melhores livros que eu já li e recomendo que você os leia quando tiver tempo meesmo, porque vc só vai querer parar quando terminar! 
Se algum blogueiro aparecer por aki e quiser deixar o link do seu blog comenta aí no mais recente que eu sigo na hora! 
Beijinhos a todos. 


P.S.: Porque você não começa a escrever também? É uma limpeza da alma, vc vai ver!