A gente faz amor por telepatia.
Faz no fazer da ideia
No encontro dos olhos,
que
linguagem secreta -
Desvendam o momento exato
da concepção daquela coisa fluida e transparente que traçamos juntos.
Juntos, dar à luz à portais pela luz dos olhos.
No encontro encontrar o infinito do outro, como quem esbarra na beira de um buraco de minhoca:
Imenso, impressionante, cheio de estrelas.
Olhar e ver ali o universo.
Ouvir do encontro uma palavra e ela catalisar um turbilhão de novidade dentro, cascata de palavras farfalhantes ao redor, oceano de vir a ser possível nesse lugar de potências.
Um universo inteiro de linguagem capaz de recriar o mundo
e refundar todas as belezas pelo som da voz.
Dividir o café.
E fazer disso o ato sagrado que pactua nossa existência comum nessa existência.
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